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Champagne Paul Bara


16/07/2024


Pouca gente discorda que a região de Champagne produza os melhores espumantes do mundo. Porém, mesmo dentro desta denominação de origem, que negocia e distribui cerca de 300 milhões de garrafas ao ano para todo o mundo, existem diferenças. O vilarejo de Bouzy, que fica na sub-região de Montaigne de Reims, por exemplo, é conhecido pela qualidade dos seus vinhedos de Pinot Noir.

Uma das três uvas principais da Champagne, a Pinot Noir dá origem a Champagnes mais estruturados, com mais corpo e profundidade. Porém, há produtores que buscam elaborar vinhos onde o frescor e elegância tem papel relevante, para acompanhar esta maior potência. E um deles é a Champagne Paul Barra, casa quase bicentenária que foi uma das pioneiras no mercado norte-americano e que chega também ao Brasil.  


História


Em 1833, Auguste François Bara chegou a Bouzy para trabalhar como tanoeiro e, três anos depois, casou-se com Annonciade Robert, que já era proprietária de vinhedos. Nascia a tradição da viticultura. Porém, foi mais de 100 anos depois, mais precisamente na década de 1950, que Paul Bara começou a vender os primeiros rótulos com o nome da família.

Em 1975, a Champagne Paul Bara foi uma das primeiras pequenas casas a exportar Champagne para os EUA. Até hoje, a vinícola continua a trabalhar com o mesmo importador dos EUA, Kermit Lynch, dono de um dos melhores portfólios de vinhos europeus do mercado norte-americano. A partir de1986, Chantale Bara começou a co-administrar o negócio com seu pai. Além de expandir a produção, ela passou a dar uma atenção especial ao cuidado das videiras, com o fim do uso de herbicidas químicos e pesticidas na década de 1990.


Vinhedos


A Champagne Paul Bara conta atualmente com 11 hectares de vinhedos próprios, todos situados nas cercanias de Bouzy. A Pinot Noir é a grande estrela, com 9,5 hectares, enquanto a Chardonnay responde pelo restante. Vale lembrar que Bouzy é conhecida pelo seu foco na Pinot Noir, com mais de 90% dos vinhedos plantados com esta variedade. Isso a faz uma das “casas” dos Coteaux Champenois, vinhos tintos tranquilos da Champagne.

Os vinhedos possuem certificação HVE e VDC (uma certificação local de Champagne) desde o verão de 2020, embora já adotassem práticas sustentáveis há vários anos. O cuidado dos vinhedos vai além, com uso frequente de arados para movimentação dos solos e compostos sustentáveis para garantir a saúde das videiras. Outro importante diferencial: há uma grande concentração de vinhas velhas, com idade média entre 40 a 45 anos.


Vinificação


Respeitando as regras da denominação de origem, a colheita das uvas é inteiramente manual, durando cerca de oito dias. A fermentação alcoólica ocorre em tanques de inox com controle de temperatura e uso de leveduras adicionadas. Ao contrário de muitos produtores locais, porém, não há fermentação maloláctica desde 1996, para manter um perfil mais fresco nos vinhos

Os vinhos ficam nos tanques durante todo o inverno com suas lias. Após a degustação do vinho base, ocorre a assemblage, com leve filtração. Apenas uma cuvée tem vinificação em barricas de carvalho. As etapas finais do processo de elaboração dos Champagnes ocorrem em linha com o utilizado na região, o método tradicional.


Vinhos de maior produção


Com cerca de 100 mil garrafas ao ano, a produção da Champagne Paul Bara está concentrada basicamente em duas cuvées. O Brut Reserve, um corte de 80% Pinot Noir e 20% Chardonnay, representa quase metade da produção. Sua composição inclui 50% da safra atual e 50% de vinhos de reserva (geralmente as três safras anteriores), com seis anos antes de chegar ao mercado e dosage resultando em sete gramas de açúcar por litro. É um Champagne fácil de beber, mas com boa complexidade.

Bouzy ganhou reputação também por conta de seus espumantes rosé, e eles se destacam também na Champagne Paul Bara. O Grand Rosé é um blend de 80% Pinot Noir (dos quais 10% de vinho tinto tranquilo) e 20% Chardonnay. Com sete gramas de açúcar e produção de 25 mil garrafas ao ano, é equilibrado, combinando potência e elegância.


Outros vinhos


O Extra Brut tem a mesma composição do Brut Reserve, mas é um vinho, como a definição indica, mais seco, com apenas três gramas de açúcar por litro. Outro diferencial é a idade média das videiras (conta somente com vinhas mais velhas, de 60 a 65 anos) e sete anos de processo, com produção de apenas três mil garrafas/ano. Já o Annonciade é uma homenagem aos fundadores da vinícola, um corte de 70% Pinot Noir e 30% Chardonnay vinificado em barricas. Com quatro gramas de açúcar, é sutil e elegante, e também o vinho mais caro da vinícola.

O Grand Millésime, produzido todos os anos, conta com 90% de Pinot Noir, trazendo mais potência e estrutura. É um vinho para maior guarda. Na outra ponta, o Special Club (70% de Pinot Noir), com versões branca e rosé, busca mais elegância. Já o vinho favorito da produtora é o Contesse Marie de France, um 100% Pinot Noir que leva de nove a dez anos para chegar ao mercado.

Por fim, a Champagne Paul Bara elabora também um vinho tranquilo, um monovarietal de Pinot Noir. O Bouzy Rouge é um Coteaux Champenois com vinificação inteiramente em inox, embora atualmente haja testes visando uma breve passagem por barricas. É um vinho mais fresco, mas que vale a pena também guardar em adega.


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